Juiz acata denúncia do MPE e Alexandre Pessoa se torna réu por homicídio triplamente qualificado

Advogado é acusado de matar Fernanda Ribeiro com arma branca

Da Redação


O advogado Alexandre França Pessoa, de 42 anos, preso desde o dia 2 de maio pelo feminicídio de Fernanda Daniele de Paula Ribeiro dos Santos, de 36 anos, se tornou réu por homicídio triplamente qualificado e mais dois crimes. O crime aconteceu em Batayporã e ele está detido no Presídio Militar, em Campo Grande.

Leia também

|Advogado pode ter premeditado assassinato de Fernanda Ribeiro

|Ciúmes pode ser a motivação do crime que levou Fernanda Ribeiro a morte

|Fernanda Ribeiro pressentia sua morte, diz testemunha em interrogatório

|Justiça mantém preso advogado acusado de feminício em Batayporã

|Vídeo: Inquérito Policial conclui que Alexandre Pessoa matou Fernanda Ribeiro sozinho, diz delegado

|Advogado acusado de matar Fernanda Ribeiro tem alta médica e vai para Presídio Militar em Campo Grande

|Há uma semana preso, advogado acusado de matar Fernanda Ribeiro não dormiu 24h em cela de prisão

|STJ nega habeas corpus a Alexandre Pessoa e ele continua preso temporariamente

|Delegado indicia Alexandre Pessoa no crime de feminicídio

|Advogado passa mal em Delegacia e volta para unidade de saúde em Nova Andradina

|Advogado suspeito de assassinato tem alta em Dourados e retorna para Delegacia em Nova Andradina

|Advogado que passou a noite internado na Cassems é transferido para Dourados

|Advogado passa a noite internado na Cassems e aguarda vaga para transferência

|Advogado suspeito de assassinar Fernanda Ribeiro passa mal e é internado na Cassems em Nova Andradina

|Polícia Civil prende advogado suspeito de participação no assassinato de Fernanda Ribeiro

|Polícia Civil faz buscas na residência de advogado em Nova Andradina

|De 10 depoimentos, delegado disse que já tem alguns suspeitos de participarem do assassinato de Fernanda Ribeiro

|Advogado presta depoimento na Delegacia em Batayporã

|Delegado de Batayporã está ouvindo várias testemunhas sobre a morte de Fernanda Ribeiro

|Corpo encontrado degolado em Batayporã é de moradora em Nova Andradina

|Corpo de mulher degolada é encontrado no cascalho que liga Nova Andradina a Batayporã 

O processo tramita em sigilo absoluto e denúncia do MPE-MS (Ministério Público Estadual) de Mato Grosso do Sul foi apresentada na última semana. Na exposição dos fatos a partir do inquérito policial, a acusação aponta que Alexandre matou a namorada Fernanda utilizando uma arma branca no dia 28 de abril, entre 18h30 e 19h30.

O crime foi cometido com emprego de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, inclusive se prevalecendo da condição de namorado para a prática do crime. A investigação policial apurou nas conversas obtidas em um dos celulares de Alexandre que ele e a vítima marcaram um encontro naquele dia.

Após o feminicídio, Alexandre ainda teria ocultado o cadáver da namorada em um milharal, sendo que o corpo só foi encontrado na manhã seguinte. Para o Ministério Público, o advogado ainda inovou artificiosamente, alterando o estado de pessoa e coisas, com fim de induzir ao erro juiz e perito.

Isso, porque ficou claro nas investigações que Alexandre tentou criar um falso álibi, enviando mensagens para Fernanda após ter cometido o crime. Também tentou limpar o carro usado no momento do feminicídio e trocou de roupas.

O Ministério Público ainda conclui que Alexandre golpeou Fernanda no pescoço, assim causando a morte da vítima. Depois, arrastou o corpo dela até a plantação de milho na beira da estrada. Ele ainda alterou o estado do corpo da vítima, limpando os antebraços dela e retirando os pertences que pudessem identificá-la, publicou o "Midiamax".

Alexandre foi denunciado por homicídio triplamente qualificado, por emprego de meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e cometido contra mulher, por razão da condição do sexo feminino, em contexto de violência doméstica. Segundo a acusação, o casal já mantinha uma relação há mais de 1 ano e 8 meses e tinha contrato de união estável.

Foram arroladas ao processo 13 testemunhas, a serem ouvidas. O juiz Aldrin de Oliveira Russi recebeu o processo dias depois, assim tornando Alexandre réu pelos crimes.

Cobertura do Jornal da Nova

Quer ficar por dentro das principais notícias de Nova Andradina, região do Brasil e do mundo? Siga o Jornal da Nova nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram e no YouTube. Acompanhe!